Poeira IV

Verdade seja dita...

Veja bem, eu não sou uma máquina. É sangue que corre nas minhas veias e é oxigênio que preenche meus pulmões. Eu sou dada a fraquezas e às vezes a explosões -- que justificáveis ou não -- falam mais verdades que se precisa ouvir.

Mas há de se convir, me foi apresentado uma fortaleza, que me foi dito só ter existido uma vez e na primeira vez (e todos sabem que primeiras vezes são amaldiçoadas).

Que se entenda que não li entrelinhas, nem muito menos interpretei metáforas de romances clássicos. Me foi falado com todas as letras, por diversas vezes e ocasiões. E não só as três palavras mágicas (que para alguns tem o mesmo valor que uma equação elevada a zero), mas muitas outras tão ou mais significativas.

No entanto, as pessoas se enganam e o pior, NOS enganam. Falam o que queremos ouvir, o que convém. E é claro, a gente acredita porque quer, também nos convém. Quem é que não gostaria de ouvir exatamente o que quer ouvir (a redundância se justifica)?

A revolta é saber que fizemos parte, fomos inclusive parte vital para o processo e sucesso da ação. Fechamos os olhos e ouvimos o canto das sereias.
Quem diria que uma das mãos que nos empurrou seria a nossa?

Um comentário:

donluidi disse...

Todos que se relacionam estão sujeitos à pessoas que apenas nos enganam, mas, nem por isto vamos deixar de nos relacionar. Existem pessoas fantásticas por esta vida.