A verdade é que eu queria ter a sua disponibilidade. Eu quero saber viver o momento no momento, na fruição da sua beleza, nas franjas do suspiro que liberta, pois alivia.
Eu não quero sentir as amarras que o tempo cria em nós. Eu quero os laços.
Enquanto eu caço o sempre, aprendo que eterno é o instante.
Minha alma ressaca amores passados, de tempo e validade, e recusa o novo gole.
Mas a boca saliva. O corpo contorce. O coração cede à sede.
E como um pólo magnético para onde minha atenção converge, eu luto contra o pensamento que me interroga: transborda?