primeiro é sempre o medo. Logo depois de atingida, sempre me vem o medo. Depois o desconforto. E é curioso que, embora tenha sido atingida no peito, eu sinta primeiro o desconforto no abdômen. O incômodo é forte e eu respiro fundo tentando me acalmar. Mas logo em seguida um frio me percorre a espinha e mesmo prostrada pelo impacto, eu sinto uma vontade incontrolável de caminhar distâncias longas, ainda que sejam percorridas de um lado para o outro. Minha visão nubla. Eu perco o foco. Minhas percepções estão alteradas. Meu juízo da realidade aos poucos me deixa. Pensamentos recorrentes. O colapso é iminente, eu não duvido.
e é assim que eu sei que estou a um passo de me apaixonar.
Não pertenço.
eu não pertencia àquele lugar. Eu não pertencia àquela casa de sala grande muitos quartos. Eu não pertencia ao seu mundo de conversas superficiais e às vezes machistas. Eu não pertencia ao seu quarto tão recheado de lembranças. Eu não pertencia ao chão frio do seu banheiro, à luminosidade excessiva da sua sala. Eu não pertencia à cobertura.
E porque eu não pertencia, também não pertencia a você nada de mim, nem meu corpo, nem meu prazer e por isso, e só por isso, eu sai de lá sem te dar nada.
E porque eu não pertencia, também não pertencia a você nada de mim, nem meu corpo, nem meu prazer e por isso, e só por isso, eu sai de lá sem te dar nada.
impossible is something
Alimento uma ideia absurda e que demanda esforços intoleráveis para minha ansiedade.
Construiria pontes, estradas e cidades e o alcance desse horizonte ainda seria uma linha impossível de chegar. Desbravaria as florestas mais ocultas, com os bichos mais incomuns, envolta em toda sorte de perigos e meu suor ainda seria a vã prova de um empenho inútil.
Porque toda essa campanha que lidero esbarra no mais irreparável dos órgãos humanos: o coração. E quem diria que ao consertar o meu depois de todas as suas ações para machucá-lo, eu esbarraria no seu. E, curada de todas as mágoas que me causaste, fosse buscar consolo em você.
Construiria pontes, estradas e cidades e o alcance desse horizonte ainda seria uma linha impossível de chegar. Desbravaria as florestas mais ocultas, com os bichos mais incomuns, envolta em toda sorte de perigos e meu suor ainda seria a vã prova de um empenho inútil.
Porque toda essa campanha que lidero esbarra no mais irreparável dos órgãos humanos: o coração. E quem diria que ao consertar o meu depois de todas as suas ações para machucá-lo, eu esbarraria no seu. E, curada de todas as mágoas que me causaste, fosse buscar consolo em você.
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