o dilema é o seguinte: tem a Dora que eu sou e tem a Dora que eu quero ser. O ideal de mulher melhor que eu imagino.
E é uma briga diária. Quem eu sou grita, esperneia e quem eu quero ser senta calmamente para ouvir. Argumenta em vão. Quem eu sou é mais forte, mais alta. Quem eu sou é impulsiva e quem eu quero ser racionalmente explica porque a paciência recompensa.
Quem eu sou está cansada do discurso. Quem eu sou demanda ação. Sai pela porta em disparada e só volta quando está tudo dinamitado.
Quem eu sou, então, está arrependida. Deveria ter ouvido quem eu quero ser. Mas quem eu sou parece ser surda, quiçá cega. Senta e chora enquanto quem eu quero ser a consola.
Quem eu sou promete que da próxima vez [promete como prometeu da última vez] vai seguir os conselhos de quem eu quero ser.
Um comentário:
Eu já quis ser tanta coisa que hoje em dia eu sofro por não querer mais ser nada... rs. Daí dá um desânimo de vez em quando... rs.
Beijocas
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